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A HISTÓRIA DO JAZZ ATRAVÉS DA OBRA DE DUKE ELLINGTON

 
The Mooche

Durante os primeiros anos de existência da orquestra HB, o repertório era exclusivamente composto por transcrições de composições de arranjos originais do pianista e band leader norte americano Duke Ellington (1899-1974). A rigorosa pesquisa percorreu as diferentes etapas da carreira deste que é considerado por muitos não só como um dos principais nomes do jazz, mas um dos mais relevantes fenômenos musicais do séc XX.

Guga Stroeter e orquestra HB dedicaram-se a esmiuçar a biografia, as canções mais conhecidas e as menos divulgadas, construindo assim um rico panorama de sua genialidade e visão do mundo.

Ellington foi o mais prolífico dos músicos de jazz, pois foi autor de aproximadamente 5 mil canções. E sempre à frente de seu tempo, foi abrindo caminho e demonstrando novas possibilidades de evolução do gênero.

Quanto às formas, ele foi ainda mais precursor e experimentador: escreveu música para dançar, suítes eruditas, missas.

Tornou-se evidente para os músicos pesquisadores que a compreensão íntima desse único autor seria a chave para acessar toda a história do jazz, pois Ellington começou a tocar no Cotton Club do Harlem nos anos 20 e faleceu nos anos 70, já flertando com o rock e o funk...

O concerto ilustrado “A HISTÓRIA DO JAZZ ATRAVÉS DA OBRA DE DUKE ELLINGTON” já foi apresentado em diversas ocasiões e combina a musicalidade sofisticada a uma didática acessível a músicos e leigos.

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

orquestra entra em cena e toca:

1- Things Ain´t What They Used To Be

Texto do apresentador

Bem vindos ao show da orquestra HB

O repertório de hoje é todo composto por composições de Duke Ellington.

Sua carreira criativa começou nos anos 20 e só foi interrompida com sua morte em 1974.

Com esse show, compreenderemos que através da obra desse único autor, viajaremos por toda a evolução das formas que o jazz abraçou nesse período.

Vamos começar com “The Mooche”, um exemplo “jungle style” dos anos 20.

O arranjo tem sonoridades exóticas, que são alegorias das selvas africanas.

Os tambores são tribais, evocam as selvas africanas e o trumpete distorcido imita sons de animais selvagens.

a orquestra toca:

2-The Mooche

Texto do apresentador:

Agora estamos nos anos 30, quando o jazz aproxima-se do “swing”, e as orquestras tocam canções românticas para o baile dos casais. As sonoridades se amenizam, a doçura dos saxofones substituem a agressividade dos trumpetes. Vamos ouvir a balada Warm Valley, onde protagoniza o solo do sax alto. Ellington sempre compôs inspirado por situações, paisagens ou pessoas, e ele garantia que Warm Valley foi concebida num trem durante uma viagem ao sul dos EUA. Seus biógrafos, no entanto, preferem conferir a esta canção o caráter de alguma discreta homenagem erótica.

a orquestra toca

3-Warm Valley

Vamos tocar agora algumas canções famosas, que corresponderiam a linguagem pop do período.

a orquestra toca:

4-Satin Doll

5-I got It Bad

6-Don't Get Around Much Anymore

Texto do apresentador:

Agora vamos para o “bebop”, com a composição Cotton Tail, de 1939.

Até então as orquestras tocavam arranjos comerciais no estilo “swing”.

Uma forma de libertação foi criada pelos músicos do período.

Sobre as estruturas de canções conhecidas, inventavam melodias virtuosísticas, intrincadas de se tocar e ouvir.

Cotton Tail, por exemplo, foi desenvolvida a partir da harmonia de “I got rhythm” de George Gershwin

(um triozinho da banda toca os primeiros compassos de I got rhythm para exemplificar).

a orquestra toca

7-Cottontail

Texto do apresentador.

No pós-guerra, após a explosão da bomba atômica, o mundo passou por um período de introspecção.

Foi a geração dos beatniks e dos existencialistas.

Ao invés dos sons alegres agora temos um estilo contido, reflexivo, mas cheio de intensidade emocional represada...

Vamos ouvir um exemplo do “cool jazz” com o solo de trumpete sobre Mood Indigo.

a orquestra toca

8- Mood Índigo

Texto do apresentador:

Vamos percorrer uma parte pouco divulgada da obra de Ellington, que são suas composições de caráter orquestral erudito. Em 1957, Ellington compôs uma suíte em 12 partes, cada uma dedicada a um personagem de Shakespeare. Substituiu a métrica silábica por notas, compondo assim sonetos musicais. Vamos ouvir dois desses sonetos, o primeiro dedicado a Julio César, com solo de clarinete, e o segundo dedicado a Puck, de Sonhos de uma noite de verão.

a orquestra toca

9 -Sonnet for Caesar

10-I will lead them up and down-(Puck)

Texto do apresentador:

Vamos agora tentar compreender um pouco da psicologia e do processo composicional de Ellington. Em 1959, ele foi convidado a apresentar-se para a rainha da Inglaterra, e decidiu compor algo especial para a ocasião. Ainda nos EUA ouviu o canto de um pássaro ao por do sol. Anotou na partitura esse trinado e a partir dessa inspiração compôs um blues alterado de grande sofisticação. Foi ao estúdio e gravou a canção e prensou uma única cópia, que entregou à rainha, proibindo a seus editores proibiu qualquer tipo de reprodução. O público só teve acesso ao repertório desse concerto especial após a morte de Ellington, por obra de alguns produtores obstinados.

A orquestra toca:

11-Sunset and the Mockingbird

Texto do apresentador:

Vamos ouvir Tang, de 1971, composta na ocasião da viagem de Ellington à Índia e ao Oriente Médio. Essa música mescla jazz, rock e funk com melodias de influência oriental. Atualmente damos a essa abordagem o nome de “world music”...

A orquestra toca:

12-Tang

Texto do apresentador:

Ellington esteve em São Paulo em 1968, e ficou impressionado com a confusão do trânsito, então repleto de fusquinhas.

Dedicou à nossa cidade esse baião chamado Brasilliance.

Orquestra toca:

13-Brasilliance


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